sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O nome por trás da direção musical de Espaguete, uma Aventura no Navio

Jô Bittencourt é o nome por trás da direção musical e da criação de todas as músicas originais de Espaguete, uma Aventura no Navio, em cartaz até 29 de setembro no teatro Macunaíma. Conversamos com ela para saber como foi o processo de criação das músicas e como foi ver seu trabalho ganhar vida nos palcos. Ela conta também que gosta muito de trabalhar em produções para o público infantil, pois adora encantar os pequenos e resgatar os grandes. Acompanhe a entrevista e descubra mais curiosidades do lado musical de Espaguete, uma Aventura no Navio.




A maior parte das músicas da peça Espaguete, uma Aventura no Navio, são de sua autoria.  Como foi o processo de criação das letras e das melodias?
No início eu só ia criar uma música tema que representasse o espetáculo na sua totalidade, mas com a continuidade do processo e como já existiam no texto indicações de canções para as personagens, as composições surgiram de modo fluido, sempre buscando representar na letra e na melodia a narrativa em questão, promovendo uma diversidade musical e um brilho para os momentos especiais do espetáculo.

Quando você parava para compor uma música para o espetáculo, o que  levava mais em conta, a personagem, a história ou o ator que a interpreta?
Em primeiro lugar eu penso no momento em que aquela música vai existir dentro da história, pois isso define a temática da canção e o tom da personagem. A partir disso  procuro criar uma harmonia confortável pra região vocal do ator.

Tem alguma música do espetáculo que pode ser considerada a sua favorita?
Acho que eu só poderia responder todas (risos). Cada música tem seu ponto positivo, uma pela letra, a outra pelo arranjo ou pela própria narrativa embutida. Eu adoro canções que contam histórias e todas tem isso, acredito!


Como você trabalhou com os atores na questão afinação e interpretação das músicas. Deu muito trabalho?
Deu um trabalho super prazeroso! Apesar de nem todos os atores terem conhecimentos musicais, não foi um processo difícil. Todos têm timbres ótimos e entendem de afinação, então procurei focar em detalhes de interpretação que realçassem as características das personagens e da história. A diversidade vocal entre todos acabou por ser mais que positiva nas canções em coro, e o segredo é o ensaio, né? No processo também convidei o preparador vocal Cauê Ferreira pra ministrar um pequeno workshop, e isso gerou um crescimento muito significativo na preocupação dos atores com as canções que ficaram muito mais vivas.

Essa é a primeira vez que você assina a parte musical de um espetáculo?
Ainda na escola, durante o ensino médio, fiz algumas composições num projeto “Teatro Escola”, em uma adaptação do espetáculo A Bruxinha Que Era Boa. Em 2007, assinei a direção musical, contribuindo com arranjos pra canções já estabelecidas no processo do infantil O Baú da Inspiração Perdida com a Cia Loucos do Tarô, no qual executamos a trilha ao vivo com baixo, guitarra e bateria durante duas temporadas, uma no antigo Teatro Coletivo e outra  no Teatro Commune, em 2008.

Pessoal e profissionalmente, com foi a experiência do processo vivido com esse espetáculo?Foi um processo lindo!  O entrosamento entre os integrantes e a liberdade de criação que existe dentro do grupo nos beneficia a manter um processo muito agradável e sem dúvida, este espetáculo vem com uma evolução profissional de todos em termos de concepção artística e produção. Eu gosto muito de espetáculos voltados ao público infantil, pois tanto o produto como o processo se dão naturalmente de forma leve e é uma delícia encantar os pequenos e resgatar os grandes! Este processo acabou  agregando muitas coisas incríveis, como ter tido oportunidade de conhecer, reencontrar e tocar com músicos maravilhosos (vai o abraço apertado nos antigos e novos parceiros: Marianna Fiorelli, Raquel Martins, Ricardo e Ana Mukoyama, Rogério Lobel e Vanessa Lee), que contribuíram da maneira mais expressiva possível nos arranjos tornando cada canção especial.

Clique aqui e saiba mais sobre o processo criativo das músicas de Espaguete, uma Aventura no Navio


terça-feira, 24 de setembro de 2013

Autor de Espaguete, uma Aventura no Navio conta detalhes sobre a criação da peça



A Cia dos Badulaques está em cartaz com a peça infantil Espaguete, uma Aventura no Navio, até o dia 29 de setembro, no Teatro Macunaíma, em São Paulo. Conversamos com o autor do texto e também ator da peça Ronaldo Villar para saber detalhes da criação do texto. Você sabia que a inspiração  partiu do olhar "estrangeiro" que Ronaldo tem da cidade de São Paulo? Essas e outras curiosidades estão relatadas na entrevista. Boa leitura!



Quando e como surgiu a ideia de escrever Espaguete, uma Aventura no Navio?
A ideia de escrever Espaguete surgiu pelo olhar “estrangeiro” que tenho sobre a cultura de São Paulo, afinal, sou do Rio, porém, moro em São Paulo. Sempre percebi as diferenças culturais que a ‘selva de pedra’ tem. É incrível pensar que a cidade de São Paulo ainda seja tão influenciada pela cultura italiana; comida, expressões idiomáticas, gestuais e tantas outras peculiaridades. Escrever a peça foi quase como pintar uma tela sobre a imagem que se vê.

Por que  decidiu explorar a cultura italiana, a vinda dos imigrantes italianos ao Brasil?
O comportamento humano chama muito minha atenção, por essa razão, decidi escrever sobre os atos dos paulistanos desde a chegada massiva ao Brasil. É impressionante como a cultura italiana ainda é viva na maior cidade do país. É também tão impressionante que os descendentes de italianos que vivem por aqui ainda cultivem as raízes de seus antepassados.

Qual o motivo de abordar esse tema com um infantil?
Poder fomentar na criança sua própria cultura, poder prestar uma homenagem a todos que construíram a maior cidade do país e principalmente reviver histórias dos italianos que vieram para cá em busca de paz, trabalho e prosperidade.


E sobre as personagens? Como foram surgindo? Alguma inspirado em  você ou em algum conhecido?
As personagens surgiram do meu próprio mundo lúdico. Todos somos crianças, e principalmente o artista. Portanto, escrever Espaguete, uma Aventura no Navio e deixar que as personagens surgissem, foi uma experiência de criança. O que tem de mim nas personagens infantis, talvez, seja o olhar curioso e vivo que elas carregam.

Você já está com a Cia dos Badulaques há algum tempo, por que só agora você resolveu levar para o grupo um  texto de sua autoria para os palcos?
É difícil viver da arte e para a arte, cada vez mais me convenço de que temos que ter leques de opções para vivermos do que amamos. A vontade de escrever surgiu da necessidade de viver daquilo que amo: Arte.

Com é para você, ver um texto que você escreveu já há algum tempo, ganhar vida nos palcos?
Incrível! Ainda mais com atores tão talentosos e generosos. Tudo é só papel e imaginação, até que chega o ator para dar vida aquilo que se imagina.

A direção da peça é assinada por Danilo Miniquelli e Jô Bittencourt, por que além de escrever, você também não dirigiu a peça?
Sou integrante de um grupo extremamente democrático e multifacetado.  Uma das funções de viver e trabalhar em equipe, é saber dividir tarefas e, principalmente, entender que cada um executa suas habilidades diferentes uns dos outros. Danilo Miniquelli e Jô Bittencourt sabem o que estão fazendo, portanto, nada mais justo e profissional que eles façam a direção do espetáculo.

O que as pessoas que forem  assistir a peça Espaguete, uma Aventura no Navio, vão encontrar?
Uma aventura num navio!
Crianças encantadoras!
Criaturas assustadoras, porém, simpáticas!
Música!
Dança!
História!
E muita cultura italiana!

Podemos esperar por mais textos de sua autoria com a Cia dos Badulaques?

Enquanto houver o desejo, sempre haverá arte! Sempre há desejo em mim. Escrever é uma vertente da arte que há em mim, portanto, podem esperar sim!




domingo, 8 de setembro de 2013

A Cia dos Badulaques entrevistou Danilo Miniquelli,  diretor da peça Esquizofrenia Feminina, para que nossos seguidores pudessem conhecer um pouco mais sobre o  espetáculo.


Cia dos badulaques: Como surgiu a ideia de montar Esquizofrenia Feminina? Algum acontecimento na vida de vocês motivou a criação do espetáculo?
Danilo Miniquelli: Eu caí de paraquedas nisso tudo. Era um projeto já existente do Leandro Dona e do Ronaldo Villar, eles pediram uns palpites, mas a conexão artística foi tão bacana, que passei a integrar na supervisão artística e posteriormente na direção da peça. Sempre tive
muito medo de dirigir, me acho jovem demais, ainda tenho muita experiência para adquirir, mas me integrei tão bem, que após este espetáculo, surgiram outras oportunidades para abordar o universo feminino.

CB: Por que dois homens em cena para falar do universo feminino?
DM: Porque quando se trata de homens vivendo mulheres, sempre nos deparamos com clichês, com um viés estereotipado, com uma máscara que acaba afastando o homem da mulher. Neste espetáculo buscamos uma organicidade na interpretação, onde o masculino e o feminino se fundem em uma única coisa e universaliza os dois universos. Também existe uma crítica textual sobre a cultura que separa o homem da mulher e julga um destes gêneros como o  mais forte, o mais sofredor, ou o mais sensível do que o outro.

CB: No espetáculo são feitas referências a personagens como Julieta, Salomé, Ofélia, entre tantas outras, como as personagens foram escolhidas e por quê? O que essas personagens têm que se destacam das outras para a criação desse espetáculo?
DM: Elas estão no texto para ilustrar estes grandes nomes da dramaturgia, fazendo referência às mulheres de hoje, por isso geramos tanta identificação. Tentamos transcender entre arte e vida. É uma tentativa (risos).

CB: Fale um pouco da concepção, como foi juntar tantas personagens fortes em um mesmo espetáculo? Como se deu a concepção de direção da peça?
DM: Leandro e Ronaldo já tinham a base do espetáculo. Eu apareci e resolvi trazer a mulher em sua totalidade, na sua loucura, além do amor, mas já existiam imagens e uma concepção muito potente. Eu apenas enquadrei e trouxe no olhar externo, diferentes atmosferas. Posteriormente veio uma necessidade maior de aliar a sensibilidade à loucura, a esquizofrenia,  e para estas apresentações chegamos a um resultado muito interessante.

CB: O que o público que assiste Esquizofrenia feminina encontra em cena?
DM: Vai encontrar-se! Vai se deparar consigo em muitos momentos de sua  vida ou com pessoas que ele já conhece. Acho que a graça do espetáculo está nesse deboche de nós mesmos. O quanto acabamos sendo ridículos em momentos extremos e mal percebemos.

CB: Vocês já estiveram em cartaz com esse espetáculo, como foi a receptividade do público?  O que as pessoas comentavam com vocês após a apresentação?
DM: Eles diziam que se viam ali. A maior parte das mulheres dizia já ter passado por aquilo. Algumas choravam na mesma cena em que outras riam. É muito particular. Os homens diziam que suas mulheres eram exatamente daquela maneira ou que também já estiveram nessa mesma situação, mesmo sendo homens.

CB:  Esquizofrenia Feminina passou por uma renovação para essa nova temporada, entre elas a entrada da atriz e artista plástica Stella Portieri. Fale um pouco sobre essa nova concepção e o que esse novo elemento agrega ao espetáculo?
DM: A Stella, assim como eu, entrou sem querer.  Ela é uma grande atriz e uma grande pintora. A cada apresentação, Stella vai pintar  um quadro diferente,  ela colocará na tela suas reações e emoções, que serão despertadas no decorrer de cada apresentação. Ela está no contraponto dos meninos. Existe de fato uma mulher no espetáculo compondo a totalidade feminina. A Stellinha foi um presente, um grande presente que agrega demais ao espetáculo.

CB: Após a temporada no Macunaíma, qual o futuro de Esquizofrenia Feminina?
DM: É apenas o começo, teremos muitas novidades em 2014.

terça-feira, 5 de março de 2013




O ano de 2012 foi cheio de desafios e conquistas para a Cia dos Badulaques. E, 2013 já chegou repleto  de novos desafios e projetos. Esse ano a peça Esquizofrenia Feminina volta aos palcos brasileiros, em breve você terá mais informações de local e horário, fique ligado! A Cia entra 2013 com um novo projeto também, um infantil, com previsão de estréia para o segundo semestre do ano, que de maneira lúdica abordará a imigração de um dos povos que ajudou a colonizar a cidade de São Paulo. Ops, já falei demais.



E, para começar, precisamos da sua ajuda. Para o nosso próximo projeto de pesquisa, precisamos de confissões sobre histórias sexuais: 
histórias pessoais, de amigos ou histórias que já ouviram por aí. Pode envolver sexo, escândalo, polêmica, tragédia, comédia ou desilusões também. É importante lembrar que as historias serão adaptadas, elas vão servir como inspirações para o futuro projeto da Cia dos Badulaques. Este projeto promete ser bem quente!!! Encaminhe suas histórias no link abaixo, o nosso Confessionário. Fique tranqüilo, você não precisa se identificar, sigilo absoluto.  

Bom, é isso, nós encontramos na próxima.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Brigitte Monroe é sucesso na noite paulistana



Entre os eventos de destaque realizados em 2012 pela Cia dos Badulaques está “Brigitte: A noite da primeira vez”, idealizada pelos atores e produtores culturais Danilo Miniquelli, Ronaldo Villar e Roselaine Araujo, a festa aconteceu em 28 de julho de 2012, no Hotel Cambridge, em São Paulo. Tendo como hostess a personagem Brigitte Monroe - socialite internacional e multiartista -  o evento começou com um  flash mob na Praça Roosevelt e depois se dirigiu ao Hotel Cambridge, onde a badalação rolou até altas horas da madrugada.




Na pista o destaque ficou por conta dos DJ’s  Paula Vilhena (apresentadora do programa Deu Paula na TV, da TV Cultura), Ana Serroni (que discoteca na The Society, Vermont, A Lôca, entre outras) e Adriano Gonfiantini (fotógrafo).  Brigitte, uma incentivadora da arte e da cultura, convidou também atores, músicos, pintores, entre outros artistas para intervenções no evento. Em 2013 a Cia dos Badulaques promete agitar ainda mais a noite paulistana. 




quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Danilo Miniquelli está no elenco de "M"


 O ator da Cia dos Badulaques Danilo Miniquelli, estreia dia 3 de novembro, na peça M. O espetáculo, com direção de Mauricio Spina e Fernanda Brandão - Cia. Loucos do Tarô - conta ainda no elenco, além de Danilo, com Carol Mafra, Leandro Galor e Sandro Santos. A peça fica em cartaz até 25 de novembro, no Teatro Coletivo (rua da Consolação, 1623), sábados 21h e domingos 19h, com ingressos a R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia-entrada).


A peça conta a história de um homem velho e inválido, sentado em uma cama em um lugar não especificado, que dialoga com a plateia. Não tendo memória, procura contar uma estória para ocupar o tempo de alguma forma, criando personagens arquetípicos, que dialogam e interagem com seu criador. Porém, em algum momento, o homem perde o controle da estória e acaba se desviando para um caminho que ele não queria. O texto da peça é de Mauricio Spina.

"Tentei refletir sobre a minha estória. Tem coisas que não fazem sentido. A maioria delas. Quem se importa? "